Pecadores - ★★★★☆
- Gabriel Iskren
- 30 de mai.
- 3 min de leitura

Amigos, vocês estão diante do meu filme musical preferido (desbancando, graças a Deus, o famigerado La La Land). "Musical, Gabriel? pensei que era terror" e eu também pensei isso, então imagina a grata surpresa que tive quando comecei a assistir o filme e do nada o mulequinho pega um violão caipira e começa a cantar blues com uma voz de nego doce e mais surpreendente ainda: quando vi que a música é quase que um personagem ativo para a drama do filme.
Pois é amigos, se trata de cinema e eu vou contar o motivo de eu ter gostado tanto desse filme, mas não o suficiente para 5 estrelas.
A história é bem simples: Dois irmãos voltam para a sua cidade de origem com a ideia empresarial de abrir um clube de blues exclusivo para negros. Vale lembrar que o filme se passa em um contexto meio conturbado em relação à escravidão, mas no geral é isso. Muito simples? sim, muito simples e isso se deve ao fato do filme ser majoritariamente um terror e não um musical — e como vocês devem saber, filme de terror não tem muito o que contar, é só uma explicação meio fuleira para justificar muito sangue e matação.
Mas como eu falei para vocês, o brilho desse filme de terror é que ele é um musical, mas não me entendam mal, tá? quando eu digo que ele é um filme de terror é só porque ele foi vendido assim, mas assistindo ao filme não espere se deparar com um atividade paranormal, ou um premonição ou jogos mortais, na minha opinião ele tá mais pra um suspense de monstros do que terror. Posto isso, vamos as minhas considerações sobre o filme:
Começando obviamente pela excelente escolha de trilha sonora do meu mano Ludwig Göransson (que também é o responsável pela insana trilha sonora de Oppenheimer). Papo reto, as músicas tocadas nesse filme pra mim são de longe a melhor coisa dele porque elas funcionam como se fosse um personagem da história, já que a música é a responsável por trazer todo o mal para a vida de quem está cantando e dançando no filme.
E falando em quem canta e dança eu te convido a se colocar de pé e bater palmas para Michael B. Jordan porque meu Deus do céu.. o que esse cara vive 2 pessoas diferentes (apesar de terem o mesmo nome) e faz isso contracenando consigo mesmo é coisa de doido. Não vou deixar passar em branco também o táldu Jack O’Connell que faz o vampiro chefe que, junto com o Michael, carrega o filme nas costas.
Falei que ele é o vampiro chefe e esqueci de mencionar que o fator terror desse filme é que o táldu clube de jazz que eles montam é assombrado por vampiros na noite de estreia e sai praticamente todo mundo morto, menos o mulequinho do violão caipira que eu falei no começo e acho que aqui eu consigo explicar o motivo de eu não ter dado 5 estrelas para esse filme, e a justificativa é: acho que a ligação dos vampiros com a música e com a ku klux klan é meio "quê?". Eu mesmo quando vi me senti meio perdido de qual a ligação da Klan com os vampiros, mas a ligação da música com os vampiros é muito bem feita e muito bem explicada.
Como filme de terror, medíocre, como filme musical, insanamente bom. Mas eu sou muito da música então o saldo para mim fica muito positivo e só não ganha 5 estrelas porque realmente as justificativas em filmes de terror pra mim seguem a regra de serem só uma explicação meio fuleira para justificar muito sangue e matação.
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